domingo, 16 de agosto de 2009

A Lenda do Milho




Para os maias, como também para os astecas, o milho foi o principal alimento, foi a fonte do progresso e das riquezas e foi até. . . um deus. Um deus verde, que eles chamavam de YUM KAAX: seus dentes eram como os grãos, seus cabelos como os dourados cabelos do milho. . .

No Brasil, os índios Parecis contavam que Ainotarê, sen­tindo que a morte se aproximava, cha­mou seu filho Caleitô e manifestou-lhe o desejo de ser enterrado vivo no meio de uma roça. Três dias depois uma planta brotaria de sua cova, e logo re­bentaria em sementes. Não sendo co­midas, mas replantadas, elas brotariam novamente e, por fim, poderiam ali­mentar todo o povo. E a lenda conta que os indígenas assim fizeram e foi assim que surgiu o milho.
Os índios Carajás, da Ilha do Bananal contam que lmaerô e Denaquê eram duas irmãs índias jovens e bonitas. Certa vez, lmaerô, olhando no céu a estrela Vésper, chamada "Taína Can", dese­jou tê-la perto de si. A estrela aten­deu seu pedido e desceu, mas sob a forma de um velhinho de barbas brancas. Vendo-o, lmaerô repudiou-o. Taína Can casou-se então, com a mei­ga e boa Denaquê. Para sustentá-la, fez um pequeno roçado e plantou nele al­gumas sementes maravilhosas que os Carajás ainda não conheciam, mas que ele, por magia, tirava das águas do Rio Araguaia. . . E entre estas sementes estavam as do milho. . . Mas, certo dia, como Taína Can estivesse demo­rando para voltar à casa, Denaquê saiu à sua procura. Que surpresa! Em vez do velho de barbas e cabelos brancos, ela encontrou a trabalhar, um belíssimo jovem, cheio de forças e de vida! Cor­reu a abraçá-lo, e os dois, felizes, voltaram para casa. — E foi assim que a nação Carajá aprendeu com Taí­na Can a plantar o milho e outros alimentos que an­tes não conhecia. . .

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